Sinceramente não posso atestar a fidelidade do meio pelo qual tive acesso a essa entrevista. No entanto, vale pelas considerações que tem sido feitas sobre as delicadas interseções que tem se estabelecido entre Religião e Política. Até que ponto essas áreas são, ou devem de fato ser incomunicáveis?! No sentido em que a Política em si perpassa todas as esferas de nossas vidas, como indivíduos e como sociedade. Todas nossas decisões são um ato político. Ao decidir não ser político isso já é assumir uma postura política.
Penso que nossas convicções religiosas(ou a suposta ausência delas) influem em nossas decisões.
E como imaginar algum setor de nossas vidas que não esteja entrecruzado e mesclado por todos os outros???
Confesso, minha admiração pessoal pela postura corajosa de Marina Silva ao não escamotear suas convicções. Tal posição é muito difícil. Mais tentador é ser neutro visando ganhar a simpatia de “gregos e troianos”.
Sinto que a imparcialidade forçada nos afasta de nós mesmo e no fim, nos perguntamos quem somos afinal. De tantas posições assumidas no intuito de obter vantagens ou mesmo na nobre intenção de ser diplomata, acabamos por nos perder de nós mesmos.
Quem é esse sujeito que fala por mim?!
O que penso mesmo? No que acredito? O que amo? O que me causa repugnância? O que me encanta? Quais meus medos e desejos mais profundos?
Deus meu! O que fiz com minha vida? Fui tantas mascaras que agora eu mesmo acredito nessa ficção que eu mesmo criei para minha imagem social.
Mais do que ética publica, ser autentico é uma opção por uma vida pessoal mais saudável no que diz respeito aquela máxima que preconiza sermos sinceros conosco mesmos.
Por conta disso, eu, Wanderson Silva de Souza, repasso essa entrevista que segue abaixo:.
" Por Nilson Fernandes
Do Terra
Marina: "pela minha tradição, eu seria favorável a apoiar o PT"
ante entrevista para o Terra TV, na tarde desta
quinta-feira (14), a senadora e ex-candidata à presidência da República
pelo PV, Marina Silva, afirmou que por sua trajetória e carreira
política estaria "mais próxima" de apoiar o PT neste segundo turno das
eleições presidenciais. "Pela minha tradição eu seria mais favorável a
apoiar o PT", declarou a senadora que alcançou 20% no primeiro turno e
definirá seu apoio político entre os presidenciáveis José Serra (PSDB) e
Dilma Rousseff (PT) no próximo dia 17.
Marina criticou a cobertura da imprensa sobre os temas relacionados
ao aborto e às questões religiosas. A senadora disse ainda que, durante a
disputa no primeiro turno, sentia que as perguntas que envolviam os
estes assuntos eram voltadas "quase que exclusivamente" a ela. 'Nos
debates do primeiro turno, sentia que essas questões eram dirigidas à
mim e pensava: "será que tem a ver com minha fé religiosa?'. Marina
afirmou que debateu com clareza os temas ligados ao aborto e a religião.
"Eu tenho a alegria de dizer que as debati e coloquei a minha posição
contrária, por questões religiosas e filosóficas. Não as escondi. Espero
que não tenhamos uma visão preconceito nem em relação a quem crê e nem a
quem não crê", defendeu a ex-candidata.
Como o aborto tem sido a principal questão que vem pautando o segundo
turno, Marina foi questionada sobre seu posicionamento em relação à
opinião dos candidatos José Serra e Dilma Rousseff. "Eu não tenho
condições de julgar a fé das pessoas. Se ele (Deus) não julgava, como é
que eu vou julgar'. Em seguida, a senadora foi questionada sobre a
existência de um Estado laico no Brasil, porque o aborto não poderia ser
legalizado sem a geração de polêmica. Ao responder, Marina, como vinha
fazendo no período de campanha, defendeu a realização de um plebiscito
popular, onde a vontade da população prevaleceria."
E, essa foi a entrevista. Entrevista essa que, independente de ser verídica ou não, nos faz um convite a refletirmos sobre as mascaras sociais, que não só políticos sentem-se tentados a assumir, mas todos nós, em nossas relações familiares, amorosas, profissionais e até conosco mesmos.
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