quarta-feira, 22 de junho de 2011

O SILÊNCIO DAS FLORES


















O SILÊNCIO DAS FLORES

Silêncio
Na dúvida e na tristeza
Na alegria descabida que é filha da fuga
e neta do desespero
E até mesmo quando não se sabe se é loucura
tristeza ou tédio

Silêncio
No escuro e frio dos absurdos
de um mundo que teima em não fazer sentido
E ante o dilema entre o fanatismo e o cinismo:
ambos tipos diferentes de fuga
Recuso um abrigo acadêmico
ou a tolice como armadura


Silêncio
Quando uns buscam a Luz do Grande Uno,
outros a resposta das crianças
e alguns o Humanismo que a todos nivela 
Eu busco a mesma coisa que todos esses
E o Silêncio das Flores é o nome que dou ao meu refugio


Silêncio
Seu silêncio me eleva acima e além
enquanto seus aromas e cores tangíveis me mantém conectado ao Mundo empírico
O Silêncio é um deus: Repleto de Verbos Abortados

Silêncio
Ante o frenesi de meus desejos hedonistas
e a crueza de minhas vontades pragmáticas  
meus "Eus" recolhem-se em serena deliberação
  
Silêncio

(Foto e Poesia de Wanderson Silva de Souza)