Afirmação 1: O povo só vota em candidato dos ricos. Quem vota em candidato do povo é a esquerda.
Afirmação 2: A politica é consequência da cultura e do conhecimento que uma sociedade e seus cidadãos têm. Então tudo começa com o estudo de ciências e artes, que desenvolvem uma visão de mundo sofisticada, ampla e abrangente.
Afirmação 3: As mídias tradicionais (mas não se enganem, pois as novas midias tembém estão nesse saco de gatos) procuram entorpecer o raciocínio do povo por meio de programas com chantagens emocionais, programas de auditório, lágrimas de crocodilo em novelas e programas de humor baseados em bullying com minorias e telejornais voltado para o futebol-ópio e as noticias policialescas, aquelas que pingam sangue.
Afirmação 4: Depois que as mídias (antigas e novas) formam esse povo facilmente manipulável, esse mesmo povo irá olhar para o Freixo e para o Crivella e irá ver, no primeiro, um cara antipático-mauricinho-que-fala-difícil e, no segundo, um homem sereno, carinhoso e que quer “cuidar das pessoas”.
Afirmação 5: Talvez quem vá ao teatro, ainda que em peças simples, das que custam 20 reais, e em exposições em museus de ciências dificilmente caiam nas sofríveis atuações de subcelebridades, políticos canastrões e no herói da semana, o que achou aquela carteira com mil reais e a devolveu.
Afirmação 6: Talvez, antes da militância política, os compas de esquerda devessem dar mais ênfase a seus amigos artistas e cientistas. Talves devessem assistir mais a TV Globo, mais ao Ratinho, olhar para o lado e ver que o Bolsominion sempre existiu e que, de fato, nunca se escondeu: ele é aquele seu tio, primo, avô, vizinho, colega de trabalho ou de escola, que assiste à mesma praça no mesmo banco, e daí observar o quanto essas pessoas estão propensas a acreditar em fake news. Talvez devessem prestar atenção no maluquinho aqui que digita, talvez à toa, mas que pelo menos está em paz com sua consciência porque, ao menos, está avisando e pondo em prática todas essas palavras.
Afirmação 7: Sim, eu coloco em prática. Sou político no meu fazer artístico e nas minhas divulgações científicas. E sempre olhei para todos os lados e não só para os lados que acho bonito. Nem fico somente em saraus, onde verei apenas minha fauna costumeira. Eu vou também a pagodes e churrascadas populares. (Feira das Iabás não vale porque já está goumertizada).
Afirmação 8: Fazer política no tapa só gera raiva e ódio. Temos todos que ir à origem do pensamento politico, que é a concepção de mundo que um sujeito forma, e isso só vem com ciência, arte e real convivência com o universo popular (sem os fins antropológicos de "registrar o folclore local”. Isso é muito arrogante) e falar uma linguagem simples, de fácil compreensão. E isso leva tempo. Mas para que a pressa?! Afinal, vamos passar pela vida de qualquer modo, seja semeando ou não. Então, é melhor passar pela vida semeando sem pressa. Os resultados um dia virão. Independentemente dos resultados das eleições, teremos muito trabalho pela frente.
Conclusão: Pronto, falei.
Esse que voz digita, Wanderson Silva de Souza, O Possível Wanderson, membro do Axé Tupã Trupe.
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