quarta-feira, 28 de outubro de 2009

CAUSA E EFEITO NA EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS E CIDADÃOS


Comenta-se sobre as punições frente a atos que não são desejáveis. Mas a grande questão é se esses atos são desejáveis para quem o faz. E caso seja, se as conseqüências são desejáveis.


Refiro-me lógico as conseqüências naturais. As conseqüências que estão contidas no ato em si, como a ave esta contida no ovo e arvore esta contida na semente.

Uma menina que comeu muitos doces e frituras na semana que antecedia o concurso de rainha da primavera de sua escola.

Essa menina que se encheu de carboidratos sete dias antes do concurso, engordou e não conseguiu caber no vestido com que ia competir para rainha da primavera.

Essa menina chorou muito. Os pais se compadeceram dela e se dependessem deles, ela entraria no vestido.

As conseqüências naturais independem de um agente externo. Se a menina que comeu muitos doces e salgadinhos tivesse sido castigada pelos pais, ou levado umas “boas” chineladas ela talvez não fizesse mais isso, mas saberia que o castigo não viria do ato de comer doces, mas da reação (opinião) de seus pais. Por outro lado, não caber no vestido, é uma conseqüência não desejável para a menina, que a fez chorar e inevitável.

Os pais, ainda que compadecessem dela, nada poderiam fazer para reverter essa conseqüência.

O EFEITO que esta dentro da CAUSA é soberana e inegociável, e também independem da cultura, credo, época ou referências da pessoa.

Educar CRIANÇAS e CIDADÃOS é expor democraticamente os muitos aspectos da Realidade, suas facetas Biológicas, Monetárias, Físicas. Mostrar todas as coisas com as quais não podemos negocias, em relação as conseqüências. E deixar claro o que é inegociável e o que se trata de Opinião e Pontos de Vista. Que tem regras, as culturais, que somos nós que fazemos e ditamos e, portanto podemos (E DEVEMOS!) questionar e que tem coisas que não podemos mudar e sabendo disso, se alguns ATOS valem à pena serem cometidos, em face do preço (conseqüências) que certamente teremos que pagar.

Assina esse artigo: Wanderson Silva de Souza

Um comentário:

Eduardo Martins disse...

Será que a menina realmente gostaria de participar desse concurso? Ou apenas ela estava sonhando um sonho dos pais? E se ela realmente quisesse, será que essa menina vê dentro de sua casa exemplos de abdicações e determinações para se conseguir algo? Por exemplo, o que fazer com os fumantes que estiveram expostos a todo tipo de propaganda de incitação implícita e explícita ao consumo do cigarro? Se eu não me engane a lei anti-fumo em lugares fechados é de 1996, há algum tempo os carros vinham com acendedores automáticos de cigarros e porta-cinzas... E quando a criança fuma passivamente os cigarros de seus pais? Como bem dito, "Inês tá morta". Mas, nada é imutável Ainda descubro quem é essa Inês.
abraço