quinta-feira, 13 de agosto de 2020

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Fabia



"Fabia" é a moça criada agora, por minha pessoa, Possível Wanderson, com a técnica mista de carvão, caneta hidrocor e tinta acrílica no papel verge.

terça-feira, 4 de agosto de 2020

Chutar-Mundo-Issismo



Poema do Possível Wanderson: Chutar-Mundo- Issismo
Escrito em Agosto de 1997 no "Bar da Catarina" (Baixo Uerj) Gravado em 21 de Junho de 2020

domingo, 2 de agosto de 2020

ZUGA BULU

ZUGA BULU KOTOCO KAMIKASE FOX FAZ FULÔ KATRACA CADÊ??? ZUGA BULU TECHNO SUAAAAA... BAIÃO SUAAAAAA... SAMBÃO SUAAAAA... ZUGA BULU PRINCE JAMES BROWN KISS CHICO SCIENCE INIMIGOS DO REI THE JACKSON FIVE MEN AT WORK JORGE BEN GILBERTO GIL Título: Zuga Bulu Autor: POSSÍVEL WANDERSON (POESIA NO ESTILO DO MOVIMENTO ESTÉTICO LITERARIO ARTISTICO “Dablianismo” escrita no ano de 2000). Publicado no zine (fanzine) “Caldeirão” número 10, em 2000.

sexta-feira, 31 de julho de 2020

O Secreto deus da Maldade

Um micro vídeo do Possível Wanderson: Texto - Atuação - Câmera - Direção Se inscrevam no canal "Axé Tupã Encontros", a trupe revolucionária e experimentalista de multi arte e multitude e acompanhe os vôos desses pterossauros "arteiros" que insistem em não entrar em extinção.

sábado, 28 de dezembro de 2019

ZUGA BULU


ZUGA BULU
KOTOCO KAMIKASE
FOX FAZ FULÔ
KATRACA CADÊ???
                    
ZUGA BULU
TECHNO SUAAAAA...
BAIÃO SUAAAAAA...
SAMBÃO SUAAAAA...

ZUGA BULU
PRINCE JAMES BROWN KISS
CHICO SCIENCE
INIMIGOS DO REI
THE JACKSON FIVE
MEN AT WORK
JORGE BEN GILBERTO GIL

Título: Zuga Bulu
Autor: POSSÍVEL WANDERSON
(POESIA NO ESTILO DO MOVIMENTO ESTÉTICO LITERARIO ARTISTICO “Dablianismo” escrita no ano de 2000).
Publicado no zine (fanzine) “Caldeirão” número 10, em 2000.

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Das Oito Afirmações Sobre a Importância da Ciência e da Arte para a Política de Esquerda!

Afirmação 1: O povo só vota em candidato dos ricos. Quem vota em candidato do povo é a esquerda.
Afirmação 2: A politica é consequência da cultura e do conhecimento que uma sociedade e seus cidadãos têm. Então tudo começa com o estudo de ciências e artes, que desenvolvem uma visão de mundo sofisticada, ampla e abrangente.
Afirmação 3: As mídias tradicionais (mas não se enganem, pois as novas midias tembém estão nesse saco de gatos) procuram entorpecer o raciocínio do povo por meio de programas com chantagens emocionais, programas de auditório, lágrimas de crocodilo em novelas e programas de humor baseados em bullying com minorias e telejornais voltado para o futebol-ópio e as noticias policialescas, aquelas que pingam sangue.
Afirmação 4: Depois que as mídias (antigas e novas) formam esse povo facilmente manipulável, esse mesmo povo irá olhar para o Freixo e para o Crivella e irá ver, no primeiro, um cara antipático-mauricinho-que-fala-difícil e, no segundo, um homem sereno, carinhoso e que quer “cuidar das pessoas”.
Afirmação 5: Talvez quem vá ao teatro, ainda que em peças simples, das que custam 20 reais, e em exposições em museus de ciências dificilmente caiam nas sofríveis atuações de subcelebridades, políticos canastrões e no herói da semana, o que achou aquela carteira com mil reais e a devolveu.
Afirmação 6: Talvez, antes da militância política, os compas de esquerda devessem dar mais ênfase a seus amigos artistas e cientistas. Talves devessem assistir mais a TV Globo, mais ao Ratinho, olhar para o lado e ver que o Bolsominion sempre existiu e que, de fato, nunca se escondeu: ele é aquele seu tio, primo, avô, vizinho, colega de trabalho ou de escola, que assiste à mesma praça no mesmo banco, e daí observar o quanto essas pessoas estão propensas a acreditar em fake news. Talvez devessem prestar atenção no maluquinho aqui que digita, talvez à toa, mas que pelo menos está em paz com sua consciência porque, ao menos, está avisando e pondo em prática todas essas palavras.
Afirmação 7: Sim, eu coloco em prática. Sou político no meu fazer artístico e nas minhas divulgações científicas. E sempre olhei para todos os lados e não só para os lados que acho bonito. Nem fico somente em saraus, onde verei apenas minha fauna costumeira. Eu vou também a pagodes e churrascadas populares. (Feira das Iabás não vale porque já está goumertizada).
Afirmação 8: Fazer política no tapa só gera raiva e ódio. Temos todos que ir à origem do pensamento politico, que é a concepção de mundo que um sujeito forma, e isso só vem com ciência, arte e real convivência com o universo popular (sem os fins antropológicos de "registrar o folclore local”. Isso é muito arrogante) e falar uma linguagem simples, de fácil compreensão. E isso leva tempo. Mas para que a pressa?! Afinal, vamos passar pela vida de qualquer modo, seja semeando ou não. Então, é melhor passar pela vida semeando sem pressa. Os resultados um dia virão. Independentemente dos resultados das eleições, teremos muito trabalho pela frente.
Conclusão: Pronto, falei.
Esse que voz digita, Wanderson Silva de Souza, O Possível Wanderson, membro do Axé Tupã Trupe.

sábado, 31 de agosto de 2013

A Humanidade Como uma Obra Inacabada

Por Wanderson Silva de Souza
Mas tá bom que eu vi hoje um homem falando sozinho na rua.
Eu não fiquei triste.
Fiquei contente.
Dando-me conta novamente de que só um animal na face da Terra pode fazer isso: O Homem.
Aquele homem falava sozinho.
E ele falava sozinho porque podia falar.
Porque é um homem.
Corremos o perigoso risco de morrermos quando usamos a mesma via para falar, comer e respirar.
Corremos o risco de morrer.
E nos arriscamos a tanto porque falar para nós, humanos, é muito importante.
É parte do que nos distingue dos outros animais.
Alguns de nós, não gostam da evolução, de tudo aquilo que nos faz cada vez mais sofisticados enquanto animais e querem nos trazer para o passado, para o mundo das desigualdades e da lei do mais forte.
Querem evitar pesquisa com células tronco (isso talvez esteja desatualizado) a pretexto de uma sacralização equivocada da vida, do ser humano.
O homem faz muito tempo não é mais tão somente um conjunto de ossos, sangue, carne e instinto.
Fossemos só isso, não existiriam os terapeutas de casais e as sex shopp, pois estaríamos ainda submissos ao cio e ao sexo apenas para procriação.
A moralidade atroz e obstinada nega ao homem o que é próprio do homem ao impor-lhes naturalidades estanques.
O natural do homem é inventa-se, transgredir-se a todo instante e ser um humano é justamente inverta-se como humano.
Não, um embrião não é um humano.
Nem por isso deixa de ser alguma coisa que podemos dizer-se orgânica.
No entanto, humano é algo que muitas vezes um sujeito pode viver toda uma vida e morrer e nunca apenas conseguido ser o que sempre foi, desde sua época de embrião, ou seja apenas uma organicidade.
O status de humano é algo tão subjetivo quanto são a quantidade de visões e pontos de vista que existem.
Humano é o único animal que é definido segundo e somente os vários pontos de vista.
Embrião é uma organicidade.
Humanidade é uma tese em construção.

sábado, 29 de junho de 2013

Liberdade que Precisa de Consentimento já não é mais Liberdade. Um ensaio de Wanderson Silva de Souza

A conversa que presenciei na postagem sobre a questão dos direitos a livre expressão da sexualidade esta muito esquista: Muita raiva e ódio de ambos os lados. 
E por falar em lados, eu estou do lado de quem não tem preconceito. Sou religioso(e hétero. 
O que se geralmente se pensa quando alguém afirma ser religioso:"-Que careta, ser religioso."
"- Tudo um bando de ovelhinha sem pensamento próprio"
Éeee eu sou religioso, amiguinhos, he, he... {;-)
Religioso e... Hétero.
"- Hetero?! Será mesmo, Wanderson!?
Eu, wanderson Silva de Souza, sou religioso, hétero e... Sou CONTRA o preconceito!!!

Aliás, só em se precisar dizer que se é à favor dos homossexuais( de respeitar a orientação sexual de cada um) já denota um estado de preocupante desrespeito às liberdades civis.
Porque é preciso que se diga que é à favor de algo? Esse algo precisa de permissão minha para existir? Se precisa é triste.
É preciso reiterar e enfatizar nosso apoio porque existem os que se posicionam contra. E por isso eu enfatizo: Sou à favor!!!

Os gays, lésbicas, bis e transsexuais não precisam do apoio de ninguém para ser ou não ser o que são. Eles, eu, vocês, todos nós, somos livres e ponto final. Ainda que eu fosse contra isso não interessa porque ninguém precisa de minha permissão para ser livre.

Sou a favor e espero que isso pouco importe porque é pobre e antidemocrática a sociedade que precisa de permissão de todos para que todos esse ou aquele segmento possa exercer sua liberdade.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Estou Obras devido aos Transtornos

O transtorno é porque estou em obras
Reformas e implementação de melhorias interna. 
No sentido de uma maior informatização de meu sistema de comunicação para melhor conversar.

Melhorias da acessibilidade para aqueles
com necessidades especiais
que precisam chegar até minha pessoa.
E são muitas as deficiências que impedem o ir e vi de um coração para outro:
Falta de tempo que é tempo demais, o inverso da ideia de menos é mais
O súbito esquecimento de onde estou, dos lugares onde posso ser encontrado
São muitas as deficiências, essas e muitas outras,
entre as quais o desamor e a superficialidade
E de todas impera o mito e a crença injustificada de que eu,
ou qualquer outro ou outra da face da terra
irá estar aqui o tempo todo, a vida toda, eterno

Estou fazendo Backup de olhos maiores para melhor ver a beleza de minhas musas
Um Backup de ouvidos maiores para melhor ouvir os sons de vida dos lábios delas
Atualizando meu programas de abraços e sorrisos para otimizar minhas confraternizações.

Contratando uma empreiteira reerguer o edifício de minhas ideias.
Contactando uma firma de advogados para perpetrar mandados de liberdade.
Dando minha conta para uma premida agência de publicidade para todos os perdões e senões e sermões que estou devendo para uns e outros e para nenhum de nós.

O Transtorno é que estou em obras para melhor servir. 

Servir a mim mesmo também e principalmente, 
mas (não?)somente.

E... No final das contas
No caminho inverso
Estou em obras porque sou um transtornado.

Autor: Wanderson Silva de Souza

terça-feira, 25 de junho de 2013

Viver da Trabalho, mas Não Queremos Aposentadoria tão Cedo

Aguente firme porque vai piorar. E quando der certo, será porque você resistiu, perseverou.
Agora você pode desistir também, é um direito seu.
E nada garante que mesmo que você seja forte e tenha coragem e pureza d'alma você venha a ter sucesso em suas empreitadas.

Você vai fracassar muitas outras vezes, quase tantas quanto já fracassou. Faz parte uma vez que tudo tende à desorganização e à entropia.

A vida não é passível de controle e quase sempre não nos premia com o final feliz dos filmes e novelas.
E a vida, essa mesma que é feia, dura e quase sempre injusta, deve ser vivida.
Os Viveres gozosos e risonhos podem representar insignificantes um por cento de nossa existência.
Mas um por cento ou mesmo meio por cento de prazer e satisfação e felicidade são as únicas coisas de que se você se lembrará quando se sentir o aproximar da morte. E serão esses pouquíssimos momentos de plenitude que fará você lamentar a aproximação do fim de seus dias aqui.

A vida, por ser tão dura, faz com que muitos desejem a morte. Mas quando a morte se faz espreitar à nossa cabeceira é nesse meio por cento de alegria que nós nos agarramos. E são os raros momentos vividos de sorriso e os que se intenciona viver no futuro que nos fazem nos agarrar à ideia de vida, quando ela nos parece escorrer por nossos dedos.

A vida pode ser dura e cruel, mas pior do que viver num mundo cão, é não viver em mundo algum. Essa consciência acomete todos aqueles que já presentem e sentem o hálito frio da morte em seu caminho.

Se viver dá trabalho, e dá mesmo, nós queremos viver cansados pelo maior tempo possível.

Assinado: Wanderson Silva de Souza.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Somos as redes as ruas as casas o Brasil

Não importa de onde nos articulamos. Se é nas ruas, nas redes ou nas casas. 
Somos o Brasil.
Nosso pequeno e unido grupo de amigos e amigas andou e participou da manifestação do dia 17 de junho de 2013, na Candelária, Rio de Janeiro. 
Das ruas víamos os prédios e as pessoas nas janelas e pedíamos para elas descerem e se juntarem a nós. Os que nãos e juntavam jogavam uma chuva de papeis picados. Pedíamos para reafirmarem o apoio pisando as luzes e as luzes piscavam.
No decorrer dos protestos e reivindicações o músico Marcelo Yuca disse algumas palavras demonstrando também a indignação dele.
Batíamos muitas palmas para nós mesmos.
Sempre que uma pequena quantidade de pessoas corriam assustadas com o estouro de alguma possível bomba ou morteiro, outros de nós gritavam "Não corre" e o inicio de pânico era debelado. 
Quando a possibilidade de confusão era iminente toda a passeata gritava em coro:
"SEM VIOLÊNCIA, SEM VIOLÊNCIA, SEM VIOLÊNCIA, SEM VIOLÊNCIA!!!!!!!!!!!!" .
Se andamos muito?! Nunca será cansativo demais quando se trata de construir um Brasil melhor para todos nós. 
Aplausos para todos nós, o povo brasileiro!!!

domingo, 16 de junho de 2013

Doces Vândalos (Texto de Wallace Cestari)

Uma das analises mais sóbrias, corajosas, diretas e francas que eu já tive oportunidade ler até então sobre os atuais protestos do povo brasileiro no tocante aos descalabros do poder instituído.
Feita por Wallace Cestari e publicada originalmente no blog dele conhecido como "Transversos - Desconfiando do Trivial": http://transversos.wordpress.com/2013/06/16/doces-vandalos/

Eis o texto na integra: "Os vândalos foram um dos povos “bárbaros” que entraram definitivamente para a História no ano de 455, quando tomaram aquela que fora a capital do mais poderoso império já visto: Roma. Daí passaram a ser sinônimo de destruição, estupidez ou mesmo de anarquia. Culpa da impossibilidade de aceitar qualquer cultura diferente daquela considerada canônica. Narciso acha feio o que não é espelho, diria o doce bárbaro Caetano.
Pilhagens, saques e roubos. Vândalos. Nada diferente do que Roma fez durante sete séculos. Ou do que outros impérios sempre tomaram por padrão fazer. Antônio Vieira – sim o padre barroco do século XVII – contou em um de seus sermões a fala de um pirata ao imperador Alexandre, o Grande: “Basta, senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?”
Muitos séculos se passaram e o Brasil é ainda o retrato da velha Bahia de Gregório de Matos, lugar onde faltam “verdade, honra e vergonha”. Os governantes refinaram a maneira de saquear o erário, de forma a ter na Justiça uma aliada para a defesa de seus interesses. Tudo bem ajeitado e combinado com empreiteiras, concessionárias e – por que não? –, a mídia tradicional. Todos ganham. Exceto quem paga a conta.
Durante um bom tempo não se via qualquer setor mobilizado para ir às ruas. Houve uma clara política de cooptação das lideranças sindicais e estudantis, de modo a atrelá-las a uma “luta burocrática”, na qual os favores de gabinete são mais valiosos que as vozes e faixas nas ruas. Em que pese uma infinidade de acertos deste governo, a luta será sempre mais importante, diminuí-la ou calá-la é um tiro no pé. Especialmente para quem já esteve (ou disse estar) do lado de cá.
Entretanto, a garotada decidiu ouvir o chamado das avenidas e praças. E tal como o céu é do condor, tomaram as vias públicas para protestar. A mídia tentou imediatamente reduzir a motivação dos protestos a vinte centavos. Teve gente que caiu nessa. Ainda que fosse, valeria a pena. Afinal, as escrituras dizem que Judas vendeu Cristo por trinta dinheiros e nossos governantes vendem uma população inteira a vinte centavos. Nem a lei de mercado parece ter valor aqui.
Mas, se vinte centavos são pouco, somem-se os gastos para a Copa. Sim, aquela que iria modificar a mobilidade urbana e acabou por somente construir estádios. Em média, um bilhão por arena. Como são dez arenas, temos dez bilhões de reais em gastos que não incluem nenhuma obra de melhoria urbana nesses locais, diferentemente do que nos fora prometido quando da candidatura a sediar o evento. E aí, vale protestar então por R$10.000.000.000,20?
Se, por um lado, estávamos saudosos de ver uma juventude atuante; por outro, a polícia demonstra sua saudade dos velhos tempos da ditadura. Mais truculenta do que nunca, quebra suas próprias viaturas para culpar os manifestantes. Promove terror, infiltra gente na manifestação para atiçar a baderna… Tudo aquilo que sempre fez. A diferença é que hoje as câmeras não são exclusividade da meia dúzia de famílias que controlam a informação no país. O smartphone e as redes sociais vão mudar a história.
Quantas vezes apanhei da repressão policial diante de fotógrafos de olhares atentos, mas que nunca expuseram a imagem da covardia? Agora há milhares de olhos vigilantes. Há milhares de penas prontas a escrever em um blogue ou em uma rede social. A abundância de fatos é tamanha que nem a imprensa, acostumada a esconder verdades, pôde se calar. Obviamente, que não faz de forma gratuita – o editorial da Folha mostra bem o que a família Frias, por exemplo, pensa da cidade de São Paulo – mas para tentar salvar a máscara que lhe está caindo. Apela para a vitimização corporativa e para a denúncia do vandalismo generalizado.
Nossos governantes vandalizam as contas públicas. Oferecem o que há de pior à população. São eles os “bárbaros”, são eles os “Alexandres”. Tomemos a rua e saibamos apanhar da polícia sem perder a tenacidade: são explorados como os outros. Mais até: além do corpo, estragam-lhes a cabeça, ensinando a lição de morrer pela pátria e viver sem razão, já disse Vandré. E, é na certeza de que as flores vencerão o canhão, que continuaremos caminhando, cantando e seguindo a canção. Afinal, vinte centavos não pagam a dignidade de todo um povo explorado: às ruas, cidadãos!   "

quarta-feira, 12 de junho de 2013

O Melhor e O Pior de Marcio e do Porteiro (by W.S.S.)

Apague os faróis.
Ligue as luzes internas.
Identifique-se ao porteiro.

As nuvens com formações pesadas conformavam-se em esperar sua derradeira hora de despencar. Era de tarde. Tarde de outono.

Não apagou os faróis.

Não era noite.
Tudo era um suave som de música calma.
O céu era bom e a vida era bonita e as crianças respondia com seus gritos de “pegaaaaa”, “gollll” e “pule num pé só”.

Não ligou as luzes internas.

O porteiro é bom e sua vida era uma criança. Tudo era bonito para ele naquela tarde de nuvens conformadas e o motorista que não se identificou fez começar seus dentes ranger.

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Num outro tempo, o menino chamado Marcio e seu amigo conversam assuntos juvenis quando são interpelados na rua. Eram quase treze horas da tarde no tempo de Marcio e sua vida era boa e ele bonito. Bonito como as crianças de treze anos costumam ser.
Quando então... Esse "então" sempre o prelúdio de algo que vai tirar os sujeitos de sua rotina e mergulha-los no que chamamos comumente de ação. Mas o Marcio não ouviu o "então" que da inicio à ação e portanto não percebeu que uma história estava se iniciando tendo ele como um dos protagonistas. Ele viu sim foi um homem comum para-lo na rua e perguntar onde era a rua...
Qual rua mesmo??? Qual o nome?! Isso importa?
Não. Não importa não. 

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Nos tempos do porteiro este olha o carro parado à frente de sua guarita e acende um cigarro.

Não se identificou ao porteiro.

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Nesse outro tempo, aquele do mocinho que conhecemos como
Marcio , esse mesmo ouve do homem a pergunta e quando vai responder, o homem muda de assunto.
- Eu tenho um revolver aqui guardado comigo. Me passem o seu dinheiro agora, garotos.
Marcio não tem dinheiro.
- Não vou passar nada.
Marcio cutuca seu amigo.
- Não passarei. Cadê sua arma? Na cara dura, heim?
- Se eu mostrara arma vai ser pra usa-la. Quer arriscar?
Marcio cutuca seu amigo e ele passa o dinheiro. Marcio não porque ele não tinha.

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Nos tempos da guarita o porteiro tenta desliga o rádio mas ao invés disso ele aumenta o volume.
Interfona para a segurança, mas só ouve como resposta a estática.

É dia claro ainda. Os horrores ainda não acordaram para o seu sangrento turno. Ainda sob a luz do sol nada pode dar errado e nenhum fato feio ou mau pode acontecer.

E quando tenta finalmente desligar o rádio, ele inadvertidamente muda de estação e sintoniza em um programa de canto gregoriano. Em seu torpor agora surgido e gradativamente crescente e desconhecendo o significado dessa música, nosso amigo porteiro acende outro cigarro sem que o primeiro tenha ainda acabado.

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Nos tempos da vida de Marcio, o homem vai embora depois de ter roubado apenas um dos garotos.
- Seu covarde. Se ainda fosse para dar o seu dinheiro.
Marcio não fala nada. Fica parado, estático.
- Mas nãoooo. Eu é que tava com a grana. E você lisinho. Como sempre!!!

Marcio sai da sua estagnação quando vê cinco moças passando, de uniforme de escola que nem ele e seu amigo. As garotas riem e quando ele olha para elas, elas riem mais ainda.

- E era uma nota preta, seu imprestável. Droga.
Marcio pisca para as garotas e elas riem mais ainda.
- Droga, droga, droga. Uma grana alta.

Uma das garotas faz que vai acenar para ele e a outra a impede como dizendo para ela "ter modos", para não facilitar tanto.
Marcio puxa seu amigo e vai na direção das meninas.
Uma conversa se inicia entre os sete jovenzinhos.
Marcio não da muita bola para o otimismo pois tudo pode acontecer, até mesmo o pior.

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Nos tempos do carro com faróis ligados e luzes internas desligadas, o porteiro nota que as câmeras não operam.

Não estão mais funcionando porque?! Porque, heim? Porque????

Após esquecer que tinha acendido um segundo cigarro ele acende um terceiro cigarro nas brasas do primeiro que ainda não virou guimba e vai na direção do carro parado sem dar trela para o seu pessimismo pois segundo pensa tudo pode acontecer até mesmo o melhor.


"O Melhor e O Pior de Marcio e do Porteiro" é um conto de Wanderson Silva de Souza.     

Parabéns para Todos os Tipos de Namorados e Para Todas as Modalidades de Namoradas

Parabéns para os namorados e namoradas. Parabéns para os noivos e noivas, para os maridos e esposas e para os ficantes e peguetes.
Parabéns para os pré-adolescentes que estão a descobrir os mecanismos do amor e quê se divertem e ao mesmo tempo morrem de medo e vergonha de tudo isso. (Será mesmo que ainda sentem vergonha?! A minha geração sentia.)  
Parabéns para aqueles da terceira idade que estão indo em bailes e cursos também com a intenção de descobrir um coroa enxuto ou uma gatosa(mistura de gata com idosa, rsss...) para voltar a namorar. Para aqueles que já namoram faz anos e paras aqueles que vão ou já completaram bodas de prata, de ouro ou diamante.
Parabéns para aqueles que estão no começo do namoro e que vão descobrir que aqueles ou aquelas que estão do seu lado também tem defeitos e que conservem o espírito de lua-de-mel mesmo depois disso. E parabéns para aqueles e aquelas que sentem que estão no processo de quase termino, que saibam que o desapego é uma benção que faz bem para alma, para a mente, para a pele e para o intestino e que muito estresse e chilique causa gastrite.
Parabéns para aqueles e aquelas que acabaram de terminar o namoro e que sabem ou vão passar a saber que os três faxineiros da alma são a distância, o tempo e o desamor(Falei “desamor” e não "ódio". Tem uma grande diferença nisso, ok?).
Parabéns para aqueles e aquelas que estão no processo de paquera, flerte  corte, xaveco. Que tenham coragem para persistir ou serenidade para desistir e que sejam sábios ou sabias para saber quando é para desistir ou quando persistir.
Parabéns para os héteros, homossexuais, bis, curiosos e indefiníveis.
Parabéns para aqueles que fizeram voto de castidade, quer seja consciente ou inconscientemente, porque esses namoram a Deus ou à Arte ou a natureza ou a Política ou aos filhos e pais ou aos seus bichos ou com suas causas, bandeiras, ideais e missões.
Parabéns para aqueles e aquelas que têm relacionamentos com mais de uma pessoa e que sejam sinceros consigo mesmos e com as pessoas com as quais namoram.
Parabéns para aqueles que estão enamorados de si mesmos e que amam se paparicar: Que sejam exemplo para todos nós porque se amar é condição essencial para poder amar aos outros.
Parabéns para aqueles que amam o amor e que amam amar porque quer sejam ou tenham namorados e namoradas ou não, todos um dia(Eu acho) já tiveram ou terão um relacionamento.
Parabéns para aqueles e aquelas que estão, momentaneamente sozinhos. Que eles se deem conta de que É SIM momentâneo.  Que não sintam revolta, inveja ou despeito os que estão sozinhos e sozinhas: A magoa e o rancor só afasta as oportunidades de viver um relacionamento.
Parabéns para os que namoram platonicamente, à distância, para os amantes, para os “casos”, para todas “as outras e ricardões” para aqueles que vivem o quê se costuma dizer que “é só sexo”.
Parabéns, enfim, para todos os namorados e namoradas. Os que são, os que um dia já foram e voltarão a ser.
Feliz dia dos namorados e das namoradas.   


Uma foto tirada e um Parabéns dado pelo Wanderson Silva de Souza.