SEMPRE É TARDE DEMAIS
“A amizade é uma alma em dois corpos”. Aristóteles (O tal cara da Macedônia, não é aquele da família Maia, ok?)
Johnny & Mariano são pessoas com instinto e razão muito fortes. Talento e Chateação. Toda missão é uma chateação.
Jonnii é novela. Todos falam mal dele, mas ninguém o larga.
Mariano é como metafísica. Coração de anjo, mas cheio de “verdades caladas”.
São amigos, apesar de serem humanos também. É que anjos, quando vivem no mundo, precisam ser um pouco estranhos.
Johnny – É que preciso, verdadeiramente, afastar-me de meus amigos. Precisarei que continuem sendo meus amigos quando, e se, eu retornar da Palestina. Quando sou guerra, machuco as pessoas. Não, não... É por gosto MESMO: De tão bonzinho, sou cruel também.
Mariano – Eu, por mim. Nem ligo, amo o Johnny. O Johnny é uma criança, não levo em consideração o que ele fala. Ah, isso quando eu ouço o que ele fala. Cuidar do mundo faz-me cantar sem ouvir a segunda voz.
Johnny – Tenho rancor mesmo. E daí?
Mariano – Podis crer, meu bom. Eu também tenho rancor. Quero mesmo que vão se ferrar os puristas, sou putista também! Sou mago e putista, querem encarar??? Vão cobrar santidade da vovozinha. Pimenta nos olhos dos outros é refresco. Não fui eu que construí os dogmas e os assassinos de bebês.
(Pausa.)
Johnny – Mas sabe...? Sei lá, cara. Gosto do Mariano. Humm, disso, ao menos, tenho certeza.
(Risos.)
Johnny – Há, que coisa mais boiola* de se dizer, né? Há, dane-se, “engraçadinhos de plantão”. Eu gosto MESMO, AMO o Mariano!
Mariano – (...) Eu também te amo... (...)
Johnny – É que Johnny... quer dizer, o Mariano, sente-se bem em sua zona de conforto bancando o “sábio oriental”.
Mariano – Cara, cê ta falando merda!
Johnny – Mas deixa! Desculpa aí, mano. Valeu?
Mariano – Não esquenta. Eu SEMPRE te desculpo. (Falando em off – Ele adora bancar o “psicólogo de botequim”. Só não nos pergunta se tamos afim de participar de suas sessões de auto-conhecimento, rsss...)
Johnny – Eu sei que ele falou alguma coisa em off. Sou bobo, mas minha alma não é surda.
(risos de ambos; Johnny, só para não perder o costume “bobão”, deixa derrama duas lagrimas e meia, para todos perceberem que é um cara sensível.)
Johnny - Avatar de butique, mas é meu amigo.
Mariano – Meninão, mas é meu amigo.
Jonniii – O que minha mente não entende, ela não registra... mas ele é meu amigo.
Mariano – Só não diz tolices nas horas difíceis... mas é meu amigo.
Johnny – É rude muitas vezes, não sei se sabe disso ou não, mas é meu amigo.
E... a principio, poder-se ia imaginar um longo e forte abraço. Mas são “espadas” matadores-muy machos, e além do mais, (eu, o escritor) não quero aqui fazer drama novelesco, nem metafísica de bar. Posto que, Novela é coisa muito séria, maltratada. E Metafísica, só faço para espantar o sono ou a insônia. Mas, outrossim, quero dizer que o que não nos mata, nos faz continuar vivo, e amigos são preciosos por demais, (meu rei) e o resto é o mundo. E o mundo, não é opção, é imposição. O oco do mundo “qual azar sem sorte” (Gilberto Gil), os amigos, qual sorte sem azar. Os amigos, o mundo e eu. Eu me quero, o mundo se impõe e os amigos são meio novela, meio metafísica. Às vezes amor, às vezes chateação.
Perdoam-me por me chatearem...
* Obviamente esse termo é uma citação homofóbica e passível, portanto, de repúdio. O autor, libertário, ainda que comediante, auto-repudia-se pelo uso desse recurso, pouco polido, em seu escrito.
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