A Marvada Carne

Tinha então uma churrascada regada a Ivete, Mc Leozinho, Alcione, farofa carioca, batata com maionese e molho à campanha. De modo que Sandrinha não queria de modo algum sair de seu quintal. Mas sua madrinha não queria saber de choros e chorumelas. Tinha que entregar uma quentinha básica para Dona Regina lá longe, quase do outro lado da cidade. Sim, porque Dona Regina, quando vizinha olhava a menina, hoje com doze e meio. Tanto que teve uma vez em que foi ela que cuidou do ferimento de Sandrinha, tadinha, caiu e sangrou a perna todinha. Aquele liquido vermelho meio que selou a aliança entre velha e menina.Pois bem, pela primeira vez, a madrinha deixou sua protegida pegar ônibus sozinha, afinal já era uma mocinha e coisa e tal. Mas sobre pesada recomendação de não se desviar do caminho. Entretanto, não resistiu a menina de dar uma passadinha numa Lan House, afinal que mau haveria, justifica-se a menina. Em meio a orkut, MSNs e chats maliciosos a jovem internauta conhece um estranho que usa o sedutor apelido de Wolf. Carinha esperto cheio de estorinha, acaba por convencer Regininha a embacar num encontro relâmpago. Ah, sabem... é que ele afirma nunca ter provado de pão com alho, essas coisas...Entrementes , o lobo em pele de cordeiro se deu mau porque uma patamo passava por lá e a poliçada desconfiou de um marmanjo de conversa mole com uma menina e patolou o vagabundo. Após quase ter ido pro saco, devido a sua desobediência, Sandrinha voltou para o churrasco em sua casa, onde todos a receberam com vivas. Regina aprendeu a ser sagaz e estão vivendo felizes para sempre. Entrou por uma porta, saiu por outra, quem quiser que conte outra. Contos & Fadas de Wanderson Silva de Souza – Todos os direitos e deveres estão reservados

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