quarta-feira, 1 de abril de 2009

Criar Filhos e Viver a Juventude: O Duplo Desafio!

Um artigo raro hoje em dia é a CONFIANÇA. E, não se pode ofender-se por ser alvo de desconfiança. Exigir de alguém, que confie em nós, é como violentar essa pessoa. A confiança é algo conquistado dos dois lados, de quem confia e de quem goza dessa confiança: CONFIANÇA É UMA DAS FORMAS MAIS SÚTIS DO AMOR.
O que observo é que experiências, tão delicadas quanto belas, do ser humano, hoje em dia vêm sendo danificadas pela falta da confiança. E, pretendo citar justamente duas delas: A experiência de ser pai/mãe e a fase da juventude.

Sobre a primeira, posso dizer, sem desejo algum de polemizar, que eu não me preocupo propriamente com as crianças, mas sim com seus tutores/responsáveis. Pelo simples motivo de que todo o substrato emocional, ético, material, logístico destes pequenos seres, estão diretamente ligados às condições correspondentes de seu responsáveis. Esses pais e mães(os tutores) quando a sua segurança e dignidade afetadas, seus dependentes (os filhos) são automaticamente atingidos. E, há os que afirmam ser nobre “fechar-se para o mundo e para seus desejos e sonhos pessoais” em nome da criação dos filhos. Mas, o melhor exemplo para as crianças, é testemunhar pais e mãe felizes. Particularmente, considero um contra-senso, pessoas que “morrem” para o mundo em função das crianças que criam, uma vez que precisam continuar sendo humanos íntegros, em todos os aspectos da vida, para poder ter vivências a repassar e a servir de motivação a seus filhos, quando estes se depararem com seus próprios desafios.
O DESAFIO DE SER PAI/MÃE: SER RESPONSAVEL PELA VIDA QUE SE TEM SOBRE PROTEÇÃO E NÃO SE LIMITAR NESSE ÚNICO ASPECTO, DEIXANDO DE SER UM HUMANO COMPLETO.

Sobre o segundo aspecto (o de ser jovem nos tempos de hoje), posso dizer que os moçoe e moças da atualidade vivem tempos pouco propicios a fase de experiências em que se encontram. Deparam-se( Como jovens de todas as épocas e lugares) com o desejo de saber o que lhes apraz, de criar e/ou descobrir quais são suas próprias e instransferíveis “ferramentas do viver” e saber até aonde elas são capazes de levá-los. Mas, isso pressupõe uma considerável ousadia. Ousadia hoje em dia facilmente pode se transformar em imprudência. Por outro lado, a cautela extrema (Que se faz necessária em face da violência extremada que se verifica) pode degenerar para a paranóia e para um atraso deste jovem em seu enfrentamento dos obstáculos do viver.

Viver e sobreviver são coisas distintas, mas não se pode deixar a necessidade de sobrevivência nos fazer esquecer para o quê queremos estar no mundo: Que é Viver a Vida!
Viver a vida, mas não a um ponto em que a sobrevivência seja comprometida.
O DESAFIO DE SER JOVEM: VIVER (SER OUSADO E CORRER RISCOS) E, PARALELAMENTE, SOBREVIVER (MANTER SUA INTEGRIDADE FISICA EM FACE DOS NOVOS RISCOS DESSE TEMPO.)

E, sobre o duplo desafio? Qual é esse DUPLO DESAFIO?
Trata-se dos jovens, que são pais e mães. E me refiro aos jovens da faixa etária dos vinte aos trinta anos, ainda plenos do (legitimo) desejo de aventura, e que são pais e mães.
Para esses sujeitos eu dirijo esse artigo, e digo: SEU DUPLO DESAFIO CRIAR SEUS FILHOS E VIVER SUA JUVENTUDE. BUSCAR SEMPRE ESSES DOIS ASPECTOS, NUNCA NEGLIGENCIANDO UM EM FUNÇÃO DO OUTRO. PORQUE NA PRATICA, CADA UMA DESSAS VIVÊNCIAS NÃO FUNCIONA SEM QUE AMBOS ESTEJAM HARMONIZADOS.

Um comentário:

Eduardo Martins disse...

"Sobre a primeira, posso dizer, sem desejo algum de polemizar, que eu não me preocupo propriamente com as crianças, mas sim com seus tutores/responsáveis." S/ querer ser determinista (já sendo) como mudar o "imutável"? Será que a revolução virá de baixo, pois as crianças estão passando p/ o lado dos "tutoes/responsáveis" cada vez mais cedo no sentido mais Wnadersoniano do post. Não acredito em anarquia e nem acefalia por muito tempo, alguém segurará a bananosa. E quem será este? Será um do bem ou do mal? O que é bom e mal?
abraço