sábado, 26 de junho de 2010

Meditando junto com Clarice

Uma colega me enviou essa citação:


“Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma ideia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.”
(Clarice Lispector)

E eu refletindo ponderei isso:
“ou nunca serei maduro.
mas tem fases em que a maturidade vem, e como um general que assume temporariamente o comando da nação, quando esta se encontra em guerra, o superego nos faz maduros, mas se quando a guerra acaba, o general superego deve se retirar do o comando da nação-pessoa, e ceder lugar de novo para a criança.”
(Wanderson Silva de Souza)

Nenhum comentário: