ATENÇÃO: REPASSEM ISSO, ESSA NOTICIA NÃO SAIRÁ NA GRANDE MÍDIA
Foto: Attac – Madri
Dimas de Fonte diz(entre aspas):
"Será que esse caso da Islândia servirá como precedente?
Onde a população sem tiros, sem violência e usando os grandes poderes que possui colocou atrás das grades os verdadeiros responsáveis pela crise econômica (os banqueiros) e reergueu o país. A Islândia é pequena em comparação com os padrões continentais de um país como o Brasil, uma ilha, mas seria ótimo se isso abrisse um precedente e os olhos das pessoas sobre o que é possível fazer para melhorar as condições de vida da população. Entretanto, sei que esbarramos aqui na semi-formação da população, na alienação orquestrada pelos maios massivos de comunicação, num exército de indivíduos mal informados e anestesiados que não tem acesso nem se importam em saber dos seus direitos, vivendo atolados em deveres , pagando muito e sendo mal servidos por serviços que deveriam ser oferecidos pelo Estado por que são financiados com nossos impostos tão altos. Essa noticia não será veiculada pela grande mídia!"
"Será que esse caso da Islândia servirá como precedente?
Onde a população sem tiros, sem violência e usando os grandes poderes que possui colocou atrás das grades os verdadeiros responsáveis pela crise econômica (os banqueiros) e reergueu o país. A Islândia é pequena em comparação com os padrões continentais de um país como o Brasil, uma ilha, mas seria ótimo se isso abrisse um precedente e os olhos das pessoas sobre o que é possível fazer para melhorar as condições de vida da população. Entretanto, sei que esbarramos aqui na semi-formação da população, na alienação orquestrada pelos maios massivos de comunicação, num exército de indivíduos mal informados e anestesiados que não tem acesso nem se importam em saber dos seus direitos, vivendo atolados em deveres , pagando muito e sendo mal servidos por serviços que deveriam ser oferecidos pelo Estado por que são financiados com nossos impostos tão altos. Essa noticia não será veiculada pela grande mídia!"
O filme Inside Job se inicia focalizando o caso da explosão da crise mundial de 2008 na Islândia. O pequeno povo nutria notável qualidade de vida e esperança de enriquecimento rápido quando, subitamente, o endividamento bancário desmoronou tudo. No entanto, os islandeses estão levando a cabo espécie de “revolução pacífica” que conseguiu não só derrubar o governo como elaborar nova Constituição, além de enviar para a cadeia os responsáveis pela derrocada econômica do país. A crise financeira e econômica provocou reação pública sem precedentes, que mudou o rumo do país. O artigo abaixo é de Alejandra Abad (El Confidencial) com tradução para o português de Vermelhos.net.
Na semana passada, nove pessoas foram presas em Londres e em Reykjavik (capital da Islândia) pela sua responsabilidade no colapso financeiro da Islândia em 2008, profunda crise que levou à reação pública sem precedentes, mudando o rumo do país.
Foi a revolução sem armas da Islândia, país que hospeda a democracia mais antiga do mundo (desde 930), e cujos cidadãos conseguiram mudar com base em manifestações públicas. E porque é que o resto dos países ocidentais nem sequer ouviram falar disto?
A pressão da cidadania islandesa conseguiu não só derrubar o governo, mas também a elaboração de nova Constituição (em andamento) e colocar na cadeia os banqueiros responsáveis pela crise no país. Como se costuma dizer, “se você pedir educadamente as coisas é muito mais fácil obtê-las”.
Este processo revolucionário silencioso tem as suas origens em 2008, quando o governo islandês decidiu nacionalizar os três maiores bancos – Kaupthing, Landsbanki e Glitnir – cujos clientes eram principalmente britânicos, americanos e norte-americanos.
Depois da entrada do estado no capital a moeda oficial (coroa) caiu e a Bolsa suspendeu a sua atividade após queda de 76%. A Islândia foi à falência e para salvar a situação o Fundo Monetário Internacional (FMI) injetou 2.1 bilhões de dólares e os países nórdicos ajudaram com mais de 2.5 bilhões de euros.
Enquanto os bancos e as autoridades locais e estrangeiras procuravam desesperadamente soluções econômicas, o povo islandês tomou as ruas, e com as suas persistentes manifestações diárias em frente ao parlamento em Reykjavik provocou a renúncia do primeiro-ministro conservador Geir H. Haarde e do governo em bloco.
Os cidadãos exigiram, além disso, a convocação de eleições antecipadas, e conseguiram. Em abril, foi eleito por governo de coligação formada pela Aliança Social Democrata e Movimento Esquerda Verde, chefiado por nova primeira-ministra, Johanna Sigurdardottir.
Ao longo de 2009, a economia islandesa continuou em situação precária, terminando o ano com queda de 7% do PIB, mas, apesar disso, o Parlamento propôs pagar a dívida de 3.5 bilhões euros à Grã-Bretanha e Holanda, montante a ser pago mensalmente pelas famílias islandesa durante 15 anos com juros de 5,5%.
A mudança trouxe a ira de volta dos islandeses, que voltaram para as ruas exigindo que, pelo menos, a decisão fosse submetida a referendo. Outra nova pequena grande vitória dos protestos de rua: em março de 2010 a votação foi realizada e o resultado foi que a esmagadora de 93% da população se recusou a pagar a dívida, pelo menos nessas condições.
Isso levou os credores a repactuar o negócio, oferecendo juros de 3% e pagamento a 37 anos. Mesmo se fosse suficiente, o atual presidente, ao ver que o Parlamento aprovou o acordo por margem estreita, decidiu no mês passado não o aprovar e chamar de volta os islandeses para votar em novo referendo, para que sejam eles a ter a última palavra.
Voltando à situação tensa de 2010, enquanto os islandeses se recusaram a pagar dívida contraída pelos executivos financeiros sem os questionar, o governo de coligação lançou investigação para resolver juridicamente as responsabilidades legais da fatal crise econômica e já havia detido vários banqueiros e executivos de cúpula intimamente ligados às operações de risco.
Entretanto, a Interpol, tinha emitido mandado internacional de captura contra o presidente do Parlamento, Sigurdur Einarsson. Esta situação levou os banqueiros e executivos, assustados, a deixar o país em massa.
Neste contexto de crise, elegeu-se Assembleia para elaborar nova Constituição que reflita as lições aprendidas e para substituir a atual, inspirada na Constituição dinamarquesa.
Para fazer isso, em vez de chamar especialistas e políticos, a Islândia decidiu apelar diretamente ao povo, soberano, ao fim e ao cabo, das leis. Mais de 500 islandeses apresentaram-se como candidatos a participar neste exercício de democracia direta de redigir a nova Constituição, dos quais foram eleitos 25 cidadãos sem filiação partidária, que incluem advogados, estudantes, jornalistas, agricultores, representantes sindicais.
Entre outros desenvolvimentos, esta Constituição é chamada a proteger, como nenhuma outra, a liberdade de informação e expressão, com a chamada Iniciativa Islandesa Moderna para os Meios de Comunicação. É projeto de lei que visa tornar o país um porto seguro para o jornalismo de investigação e liberdade de informação, onde se protejam as fontes, jornalistas e os provedores de internet que alojem órgãos de informação.
Serão as pessoas comuns, por sua vez, para decidirão sobre o futuro do país, enquanto os banqueiros e os políticos assistem (alguns da prisão) à transformação de sua nação, mas do lado de fora.
Fonte do texto destacado em itálico:
Wanderson Silva de Souza diz: Vamos espalhar! Espalhem a noticia sobre a Islândia foi uma revolução silênciosa que foi abafada pela midia não querem que saibam que é possivel o povo ter poder e voz sem precisar fazer uso da violência sempre se fica no dilema entre a paz conformista e a revolução sangrenta porque preferir a luta armada?! Porque preferir a luta armada quando pode-se derrotar a corrupção sem precisar causar incendios e sem distúrbios civis??? O mais forte precisa lançar mão das armas? O mais forte apenas diz não e pronto! E o povo é forte, é a maioria, não precisa de armas. O proprio exercito é o povo tbm, composto de homens e mulheres pobres e que vivem no mundo real. Os "grandes" vivem num mundo de fantasia e decidem sobre o nosso mundo, um mundo em que eles não vivem. Decidem o preço das passagens, educação, saude que eles não fazem uso. Somos muitos, e não somos fracos, somos fortes e o mundo é do jeito que nos deixamos que seja Nada do que acontece, acontece sem a nossa permissão.
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