quinta-feira, 1 de março de 2012

INCRÍVEL: POVO FALA ALTO E MINISTRO VAI PARA A CADEIRA, E ISSO ACONTECEU NA VIDA REAL, NA VIDA REAL, ISSO ACONTECEU NA VIDA REAL, NÃO É FILME


ATENÇÃO: REPASSEM ISSO, ESSA NOTICIA NÃO SAIRÁ NA GRANDE MÍDIA
Foto: Attac – Madri
Islândia: país pune os banqueiros responsáveis pela crise
Dimas de Fonte diz(entre aspas):
"Será que esse caso da Islândia servirá como precedente? 
Onde a população sem tiros, sem violência e usando os grandes poderes que possui colocou atrás das grades os verdadeiros responsáveis pela crise econômica (os banqueiros) e reergueu o país. A Islândia é pequena em comparação com os padrões continentais de um país como o Brasil, uma ilha, mas seria ótimo se isso abrisse um precedente e os olhos das pessoas sobre o que é possível fazer para melhorar as condições de vida da população. Entretanto, sei que esbarramos aqui na semi-formação da população, na alienação orquestrada pelos maios massivos de comunicação, num exército de indivíduos mal informados e anestesiados que não tem acesso nem se importam em saber dos seus direitos, vivendo atolados em deveres , pagando muito e sendo mal servidos por serviços que deveriam ser oferecidos pelo Estado por que são financiados com nossos impostos tão altos. Essa noticia não será veiculada pela grande mídia!"
O filme Inside Job se inicia focalizando o caso da explosão da crise mundial de 2008 na Islândia. O pequeno povo nutria notável qualidade de vida e esperança de enriquecimento rápido quando, subitamente, o endividamento bancário desmoronou tudo. No entanto, os islandeses estão levando a cabo espécie de “revolução pacífica” que conseguiu não só derrubar o governo como elaborar nova Constituição, além de enviar para a cadeia os responsáveis pela derrocada econômica do país. A crise financeira e econômica provocou reação pública sem precedentes, que mudou o rumo do país. O artigo abaixo é de Alejandra Abad (El Confidencial) com tradução para o português de Vermelhos.net.
Na semana passada, nove pessoas foram presas em Londres e em Reykjavik (capital da Islândia) pela sua responsabilidade no colapso financeiro da Islândia em 2008, profunda crise que levou à reação pública sem precedentes, mudando o rumo do país.
Foi a revolução sem armas da Islândia, país que hospeda a democracia mais antiga do mundo (desde 930), e cujos cidadãos conseguiram mudar com base em manifestações públicas. E porque é que o resto dos países ocidentais nem sequer ouviram falar disto?
A pressão da cidadania islandesa conseguiu não só derrubar o governo, mas também a elaboração de nova Constituição (em andamento) e colocar na cadeia os banqueiros responsáveis pela crise no país. Como se costuma dizer, “se você pedir educadamente as coisas é muito mais fácil obtê-las”.
Este processo revolucionário silencioso tem as suas origens em 2008, quando o governo islandês decidiu nacionalizar os três maiores bancos – Kaupthing, Landsbanki e Glitnir – cujos clientes eram principalmente britânicos, americanos e norte-americanos.
Depois da entrada do estado no capital a moeda oficial (coroa) caiu e a Bolsa suspendeu a sua atividade após queda de 76%. A Islândia foi à falência e para salvar a situação o Fundo Monetário Internacional (FMI) injetou 2.1 bilhões de dólares e os países nórdicos ajudaram com mais de 2.5 bilhões de euros.
Enquanto os bancos e as autoridades locais e estrangeiras procuravam desesperadamente soluções econômicas, o povo islandês tomou as ruas, e com as suas persistentes manifestações diárias em frente ao parlamento em Reykjavik provocou a renúncia do primeiro-ministro conservador Geir H. Haarde e do governo em bloco.
Os cidadãos exigiram, além disso, a convocação de eleições antecipadas, e conseguiram. Em abril, foi eleito por governo de coligação formada pela Aliança Social Democrata e Movimento Esquerda Verde, chefiado por nova primeira-ministra, Johanna Sigurdardottir.
Ao longo de 2009, a economia islandesa continuou em situação precária, terminando o ano com queda de 7% do PIB, mas, apesar disso, o Parlamento propôs pagar a dívida de 3.5 bilhões euros à Grã-Bretanha e Holanda, montante a ser pago mensalmente pelas famílias islandesa durante 15 anos com juros de 5,5%.
A mudança trouxe a ira de volta dos islandeses, que voltaram para as ruas exigindo que, pelo menos, a decisão fosse submetida a referendo. Outra nova pequena grande vitória dos protestos de rua: em março de 2010 a votação foi realizada e o resultado foi que a esmagadora de 93% da população se recusou a pagar a dívida, pelo menos nessas condições.
Isso levou os credores a repactuar o negócio, oferecendo juros de 3% e pagamento a 37 anos. Mesmo se fosse suficiente, o atual presidente, ao ver que o Parlamento aprovou o acordo por margem estreita, decidiu no mês passado não o aprovar e chamar de volta os islandeses para votar em novo referendo, para que sejam eles a ter a última palavra.
Voltando à situação tensa de 2010, enquanto os islandeses se recusaram a pagar dívida contraída pelos executivos financeiros sem os questionar, o governo de coligação lançou investigação para resolver juridicamente as responsabilidades legais da fatal crise econômica e já havia detido vários banqueiros e executivos de cúpula intimamente ligados às operações de risco.
Entretanto, a Interpol, tinha emitido mandado internacional de captura contra o presidente do Parlamento, Sigurdur Einarsson. Esta situação levou os banqueiros e executivos, assustados, a deixar o país em massa.
Neste contexto de crise, elegeu-se Assembleia para elaborar nova Constituição que reflita as lições aprendidas e para substituir a atual, inspirada na Constituição dinamarquesa.
Para fazer isso, em vez de chamar especialistas e políticos, a Islândia decidiu apelar diretamente ao povo, soberano, ao fim e ao cabo, das leis. Mais de 500 islandeses apresentaram-se como candidatos a participar neste exercício de democracia direta de redigir a nova Constituição, dos quais foram eleitos 25 cidadãos sem filiação partidária, que incluem advogados, estudantes, jornalistas, agricultores, representantes sindicais.
Entre outros desenvolvimentos, esta Constituição é chamada a proteger, como nenhuma outra, a liberdade de informação e expressão, com a chamada Iniciativa Islandesa Moderna para os Meios de Comunicação. É projeto de lei que visa tornar o país um porto seguro para o jornalismo de investigação e liberdade de informação, onde se protejam as fontes, jornalistas e os provedores de internet que alojem órgãos de informação.
Serão as pessoas comuns, por sua vez, para decidirão sobre o futuro do país, enquanto os banqueiros e os políticos assistem (alguns da prisão) à transformação de sua nação, mas do lado de fora. 
Wanderson Silva de Souza diz:   Vamos espalhar! Espalhem a noticia sobre a Islândia foi uma revolução silênciosa que foi abafada pela midia não querem que saibam que é possivel o povo ter poder e voz sem precisar fazer uso da violência sempre se fica no dilema entre a paz conformista e a revolução sangrenta porque preferir a luta armada?! Porque preferir a luta armada quando pode-se derrotar a corrupção sem precisar causar incendios e sem distúrbios civis??? O mais forte precisa lançar mão das armas? O mais forte apenas diz não e pronto! E o povo é forte, é a maioria, não precisa de armas. O proprio exercito é o povo tbm, composto de homens e mulheres pobres e que vivem no mundo real. Os "grandes" vivem num mundo de fantasia e decidem sobre o nosso mundo, um mundo em que eles não vivem. Decidem o preço das passagens, educação, saude que eles não fazem uso. Somos muitos, e não somos fracos, somos fortes e o mundo é do jeito que nos deixamos que seja Nada do que acontece, acontece sem a nossa permissão. 









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