“A tolerância é a melhor de todas as religiões” (Victor Hugo)
Eu sou especial?
Sou?
E a vida? A Existência? Qual o seu sentido?
Eu existo. Independente da aprovação de quem quer que seja.
EU EXISTO! Ainda que eu duvide desse fato, o que se apresenta ao meu ser é o fato de minha existência no Mundo. Quer seja isso real ou não. A minha existência é algo que se afirma, quer haja ou não uma vida para além desse meu existir. Mesmo que não haja compreensão no Mundo, ou que eu seja amado, conhecido, aprovado ou não.
E a minha decisão de interferir existências não anula minha existência, mas modifica-a. Modifica a existência tanto quanto se eu decidir não interferir. Pois que, pelo simples fato de eu fazer parte da Existência, eu já estou interferindo nessa mesma Existência.
Goste ou não, minha existência é atravessada por outras existências.
Essa interação é inerente à própria Existência.
O modo como ela se dá e como a entendemos já é uma interferência na própria Existência.
Particularmente, digo que me agrada desfrutar do respeito e do carinho dos que me cercam. Esse meu existir é tão poderoso e ao mesmo tempo é definido pela minha interação com o meio: As pessoas, as coisas e eu mesmo, como me vejo, como quero ser, como sou visto.
Causas e efeitos confundem-se e a própria reflexão destas já é uma interferência no meio. A ação e a reflexão, a pratica e a teoria alimenta-se continuamente, quer seja voluntariamente ou não.
Eu me sinto responsável e interessado pela sociedade e pelo tempo no qual estou imerso?
Qualquer que seja a minha resposta (mesmo o silêncio) isso já é necessariamente um Existir.
Eu tenho controle sobre esse Existir? Tenho? Responder isso já é um Existir.
As Existências, mesmo que incontroláveis e incompreensíveis, são interdependes.
Tomar ciência disso é viver uma vida MAIS JUSTA E MENOS HIPÓCRITA, uma vez que sabemos que “meu espaço” não existe sem que exista, junto a isso, um “nosso espaço”.
É um CINISMO ou uma INGENUIDADE quando alguém declara que ele e o meio não se afetam mutuamente.
No caso de cinismo: Que espécie de intenção esconde alguém que se afirma neutro numa existência de multiplicidades que se constroem pela mutua convivência?
E no caso de ingenuidade: Em que mundo esse alguém pensa habitar? Decerto que a palavra “mundo” nos leva a palavra “convivência”.
ADMITIR QUE O OUTRO E O MESMO COEXISTEM E AFETAM-SE MUTUAMENTE É O PRIMEIRO PASSO PARA O EXERCÍCIO DA TOLERÂNCIA E O COMBATE AS FORMAS DA OPRESSÃO.
E concluo, expressando aqui, meu mais sincero e profundo ponto de vista: A forma mais torpe e intolerável de interferência na Existência é a que extingue as existências (A própria e as alheias).
FICARMOS VIVOS é uma das maiores expressões da Existência, posto que só os Vivos podem exercer a Democracia e todas as outras formas do Existir.
Meus votos de Paz e Saúde para todas as Formas de Vida, e em especial, para meus amados irmãos, a Graça e o Velho.
Assina esse artigo: Wanderson Silva de Souza.
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