"Retrato do Velho" (Francisco Alves) Reparem que a letra é curta e vai se repetindo. Nos anos 30, 40, 50, as letras costumavam ser muito longas em comparação com a maioria das de hoje em dia. Eram letras que contavam histórias elaboradas com começo, meio e fim e que tinham sentido, verossimilhança e apelo dramático além de alguma mensagem edificante geralmente relacionada com o amor, senão o romântico, ao menos o entre amigos e entre a familia. Por outro lado essa letra é um jingle. E os jingles, tanto os políticos, quanto os comerciais, tinham que ter letra curta para rápida memorização e melodia empolgante para ser facilmente absorvida pelo hemisfério mais emotivo do cerebro. Música-chiclete mesmo.
Do que sei as histórias contadas pela familia figuram entre minhas fontes além de alguns livros e a sorte de ter amigos professores de História e de Humanas. Por exemplo, minha mãe diz que "... esse homem foi grande...". Bem... quanto a essa opinião, cabe muitos parágrafos, e a consulta de especialistas competentes e livros sérios relacionados aos assunto, e não apenas contar com os "achismos" meus (risos) da midia e dos blogs. Minha mãe também sempre comentou que os comerciantes não gostavam dele e que essa música faz referências ao fato de que quando Getulio Vargas voltou ao poder, os comerciantes tiveram que voltar a colocar o retrato dele em seus respectivos estabelecimentos. E porque os comerciantes não gostavam dele?! Vamos pesquisar e pensar um pouco??? {;-)
Eu tinha dois tios que me contavam esse fato do retrato. Na época dos 30 os dois eram donos de um estabelecimento comercial. Mesmo tendo passado aproximadamente meio século da Era Vargas, o ex-morador do Palacio do Catete ainda não contava com a simpatia de meus tios.
Particularmente, considero a música boa e eu gosto.
Texto de Wanderson Silva de Souza.
Retrato do Velho
Francisco Alves
Bota o retrato do velho outra vez
Bota no mesmo lugar
Bota o retrato do velho outra vez
Bota no mesmo lugar
O sorriso do velhinho faz a gente trabalhar
O sorriso do velhinho faz a gente trabalhar
Eu já botei o meu
E tu não vais botar
Eu já enfeitei o meu
E tu não vais enfeitar
O sorriso do velhinho faz a gente trabalhar.
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